quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Atividades 'grupo de apoio' do blog Alfabetização e Cia


GRUPOS DE APOIO - RECUPERAÇÃO CONTÍNUA

ORIENTAÇÕES PARA A ORGANIZAÇÃO DE GRUPOS DE APOIO



Recuperação Contínua





O grupo de apoio – recuperação contínua – é um dos dispositivos de intervenção, que tem a finalidade de oferecer um atendimento aos alunos que ainda necessitam de um trabalho intensivo para a aprendizagem da leitura e escrita, a partir das necessidades apresentadas. Trata-se, portanto, de uma intervenção mais incisiva no processo de aprendizagem dos alunos com vistas à conquista das expectativas de aprendizagem estabelecidas para a série.
Neste semestre, a ideia é agrupar por série os alunos que estão no início da leitura convencional e alunos com escrita não alfabética. Para esses, é importante que o agrupamento não seja numeroso, para que o professor tenha condições de intervir de forma mais incisiva no processo de aprendizagem.
O trabalho com alunos com pouco domínio da leitura consiste em ajudá-los a desenvolver a leitura autônoma; já com alunos com escrita não alfabética, o trabalho está em fazê-los compreender o funcionamento do sistema alfabético de escrita.
Quanto aos alunos com hipótese de escrita silábica alfabética é importante que participem desses dois grupos, em sistema de rodízio, ou seja, ora o estudante está num grupo como parceiro mais experiente, ora no outro com parceiro menos experiente.




Sugestão:Reorganizar as séries 2 a 3 vezes por semana por um período de 1h a 1h30.
• Agrupamento – os professores das mesmas séries trocam entre si:
o Um professor fica com os alunos não alfabéticos. No caso da 1ª série, se houver muitos alunos nessa condição, formar grupos apenas de alunos que apresentam escrita pré-silábica, escrita silábica sem valor sonoro e silábica com valor sonoro. À medida que for diminuindo o
número de alunos com essas escritas, colocar o aluno com escrita silábico-alfabética também com esse grupo, pois ele é um excelente parceiro para o avanço do aluno com escrita silábica com valor sonoro.
Nas outras séries, em que provavelmente o número de crianças com escrita não alfabética é menor, o aluno com escrita silábico-alfabética desde o início pode alternar: ora fica num grupo (com os alunos com escrita alfabética), ora fica noutro (escrita não alfabética).
• Conteúdo proposto:
o Para o agrupamento de alunos não alfabéticos: reflexão sobre o sistema de escrita por meio de atividade de escrita, priorizando o uso de letras móveis. Esse trabalho será orientado na formação.
o Agrupamento de alunos alfabéticos – Leitura (autonomia, procedimentos, comportamentos e capacidades de leitura) e reflexão sobre o sistema ortográfico.
Não se esquecer de alternar a participação nos grupos dos alunos com escritas silábico-alfabéticas.



•Atividades:o Agrupamento de alunos não alfabéticos:
�� Escrita de lista e textos de memória em que se propõe às duplas que cada um dos componentes coloque uma letra para assim irem discutindo a forma de escrever.
Usar as atividades dos livros de 1ª e 2ª série. Quando as atividades de escrita se esgotarem, o professor poderá transformar as atividades de leitura em atividade de escrita. Por exemplo, leitura de títulos de histórias, os alunos poderão escrevê-las.
�� Atividade de escrita coletiva. O professor dita uma palavra e pede a um aluno que escreva na lousa a 1ª letra. O segundo aluno a continuar a escrita também coloca só uma letra, mas antes tem de verificar se concorda com a letra que o colega colocou. Se não, justifica, faz a alteração que julgar necessária e coloca a letra seguinte. E assim prosseguem até a última letra a ser colocada. Depois, ainda, pode-se solicitar aos alunos que verifiquem se é daquela forma mesmo ou se ainda precisa mudar ou acrescentar alguma letra.
A atividade de escrita coletiva também deve ser realizada com os alunos com escrita alfabética e escrita silábico-alfabética. Além disso, eles podem escrever em duplas, com o uso de letras móveis, títulos de histórias, um verso de uma de parlenda, por exemplo. Para isso, eles recebem todas as letras necessárias para escrever o solicitado, e a condição é: não podem sobrar letras. O objetivo para os alunos com escrita alfabética é refletir sobre as questões ortográficas, e para o aluno com hipótese de escrita silábica alfabética é refletir sobre as regras de funcionamento do sistema alfabético de escrita.
• Agrupamentos de alunos no início da leitura convencional – leitura de textos de divulgação científica conforme orientação dada na formação e as orientações didáticas do Guia de 2ª série, volume 1, páginas 48 a 55.
Seguir as mesmas orientações e até os mesmos textos para alunos no início da leitura convencional das outras séries. As atividades para desenvolver a autonomia leitora pelo aluno podem ser realizadas na primeira e segunda semana da recuperação contínua, ou seja, todos os dias em que tiver grupo de apoio. Na semana seguinte, além dessas atividades, o professor pode introduzir a leitura de textos de divulgação científica, a princípio uma vez por semana. Além disso, o professor de cada classe, quando estiver com todos os alunos, também pode propor a leitura desses textos.


PROGRAMA LER E ESCREVER - DIRETORIAS DA REGIÃO SUL DA CIDADE DE SÃO PAULO



OBJETIVO: Reconhecimento do próprio nome.



MATERIAL UTILIZADO: Crachás com os nomes das crianças.



MODO DE BRINCAR: Os alunos deverão estar sentados em roda e a professora será a "serpente", que irá girar em torno deles cantando:



ESTA É A HISTÓRIA DA SERPENTE

QUE DESCEU O MORRO

PARA PROCURAR UM PEDACINHO DO SEU RABO

VOCÊ TAMBÉM... (mostra um crachá) VOCÊ TAMBÉM

FAZ PARTE DO MEU RABÃO



Ao cantar "Você também... Você também... " a professora deverá mostrar um crachá para a turma, que deverá reconhecer seu nome no mesmo, colocá-lo e ficar atrás da professora, segurando em sua cintura (como se fosse um 'trenzinho'). A brincadeira continua até que todos os alunos estejam atrás da professora, formando o "rabo" da serpente.







PROJETO: REESCRITA DE CONTOS DE FADAS

Objetivo didático: Trabalhar com a reescrita de contos de fada, promovendo situações de revisão da linguagem escrita, ortografia e pontuação.



Objetivo compartilhado com as crianças:Produzir um livro de reescritas de contos de fada e uma fita cassete com as histórias recontadas pelo grupo para doar à biblioteca da escola.




Conteúdos / Gostaríamos que os alunos aprendessem a:

*aproximar-se da linguagem escrita desse gênero(contos de fadas);
*adquirir fluência nos recontos;
*de reescritas coletivas, em duplas e individuais, com entusiasmo e prazer, respeitando a opinião e participação dos colegas;
*reescrever contos, considerando a estrutura específica desse gênero lingüístico;
*compreender o propósito comunicativo da ortografia e da pontuação, utilizando com certa autonomia seus recursos (listas de palavras e de regras elaboradas pelas crianças, dicionário);
*revisar seus próprios textos (coletiva e individualmente), utilizando recursos estabelecidos com todo o grupo (asteriscos numerados, bilhetes de revisão e destaque de palavras por cores);
*confeccionar ilustrações para cada conto; refletir sobre a importância de cada etapa da escrita de um livro (sumário, prefácio, apresentação, paginação etc.).


Etapas de Trabalho:
*Escrita de listas de contos de fada conhecidos.
*Seleção dos contos preferidos pela classe.
*Situações de revisão de textos bem escritos.
*Recontos em grupos e, posteriormente, individuais.
*Gravação da fita de recontos (distribuição e divulgação pela escola).
*Reescritas coletivas com revisões.
*Reescritas em duplas.
*Discussões sobre a importância das ilustrações.
*Confecção de ilustrações.
*Reescritas individuais (com roteiro sobre as partes importantes da história).


*fonte: Revista Avisa Lá
SINOPSE:
Assim como todo mundo, os contos de fadas gostam de mandar e receber cartas. João, por exemplo, mal tem tempo de agradecer o gigante pelas ótimas férias que sua galinha de ovos de ouro lhe proporcionou. Cachinhos Dourados aproveita para se desculpar com a família Urso por ter causado confusão na casa. E o que seria da bruxa sem o catálogo de ofertas do Empório da Bruxaria, que esse mês oferece uma promoção especial de mistura para torta Menino Fofo? Por isso, quando o carteiro chega é sempre uma festa, e todo mundo o convida para entrar. Mas às vezes - especialmente em caso de Lobo Mau - ele prefere recusar o chazinho e dar no pé o mais rápido possível. O livro, que é todo contado em rimas, vem cheio de cartas de verdade, postais, livrinhos e convites, com envelope e tudo.




MAIS SOBRE O LIVRO...
O livro traz um interessante trabalho de intertextualidade inter-gêneros
(MARCUSCHI, 2002) entre contos infantis e gêneros textuais epistolares (e sua maioria)
atuais, o que permite uma variedade de atividades e de projetos para a sala de aula. Todavia,
para o trabalho com a SD que apresentaremos seria então necessário que as crianças já
tivessem lido os seguintes contos: Cachinhos dourados e os três ursos; Branca de Neve e os
sete anões; João e o pé de feijão; Cinderela; Chapeuzinho Vermelho.
De forma geral, o livro contém diversos contos que trazem um carteiro como
personagem principal e que realiza a sua tarefa entregando cartas para destinatários que são
personagens das histórias dos contos infantis tradicionais. Assim, dentro do suporte envelope,
são anexados a ele, no decorrer da história, vários gêneros textuais, com diferentes propósitos
comunicativos, conforme se vê no quadro abaixo:
(clique em cima da imagem para ampliar)
Oficina 1:
- Apresentação da situação e do projeto à classe:
* Ler diferentes cartas trazidas pelo carteiro para atualizar a leitura dos contos infantis tradicionais e produzir uma carta final para um dos personagens de histórias infantis tradicionais.
- Roda de leitura: relembrando os contos tradicionais presentes nos livros
Objetivos
* Motivar os alunos em torno de um projeto de comunicação coletivo: leitura e produção de cartas.
* Recordar com os alunos a sinopse dos contos infantis tradicionais.
* Reunir as crianças em grupo para registrar as sinopses.
- Dramatização para reconhecimento de algumas personagens de contos infantis.

Oficina 2
- Um pouquinhos de história: o desenvolvimento dos meios de comunicação
Objetivos* Compreender o desenvolvimento dos meios de comunicação a partir da leitura crítica da reportagem
* Recados do passado- veja como as pessoas trocavam 
mensagens em diferentes épocas, publicada pela Revista Recreio (n° 420, 27/03/08) 

Oficina 3 
- Reconhecimento das condições de produção do gênero textual 1: carta de pedido de desculpas
Objetivos
* Discutir por meio da leitura dos gêneros os elementos principais do contexto de produção por
meio de um quadro comparativo entre eles.
* Debater oralmente para identificar as opiniões dos alunos.
* Escrever uma lista de constatação sobre o gênero.


Oficina 4
- Reconhecimento das condições de produção gênero textual 2: panfleto de propaganda
Objetivos:
* Analisar, por meio de uma aula de leitura, duas propagandas de um mesmo produto (pãezinhos de leite da Nutrela) voltadas a públicos distintos: a primeira a meninos e a segunda a meninas;
* Refletir com as crianças, por meio do planejamento de uma aula de leitura (vide HILA 1999, para saber procedimentos de elaboração para uma aula crítica a partir de gêneros textuais) sobre: o poder da propaganda, a importância dos destinatários, os recursos visuais tendo em vista os destinatários.
* Leitura crítica do panfleto do livro, destinado à bruxa malvada, reconhecendo seus elementos do contexto de produção.


Oficina 5- Reconhecimento das condições de produção gênero textual 3 e 4 : cartão postal e cartão de aniversário
Objetivos:
* Praticar a escrita de um cartão de aniversário trazido pelo professor.
* Ler um cartão postal trazido pelo professor .
* Comparar os gêneros anteriores por meio de um quadro destacando-se os elementos do contexto de produção.
* Escrever um registro com os alunos sobre as descobertas realizadas.

Oficina 6
- Reconhecimento das condições de produção dos gêneros textuais 4 e 5: carta de comunicação de publicação de livro e carta de comunicado de despejo
Objetivos:
*Retomar os pontos aprendidos sobre a carta de pedido de desculpas.
* Ler as cartas presentes no livro.
*Praticar o reconhecimento do objetivo das cartas e de seus destinatários.
* Escrever um registro diferenciando as três cartas trabalhadas.


Oficina 7
-A produção coletiva/grupo de uma carta para um personagem de um conto infantil trabalhado para dar continuidade ao livro
Objetivos:
*Produzir uma nova carta (em grupos) a ser levada pelo carteiro para uma personagem conhecida de contos infantis, a fim de continuar o processo de intertextualidade inter-gêneros.
* Realizar um debate oral sobre algumas possibilidades de gêneros e de situações para a carta.
* Orientar o processo de planejamento.
* Expor as cartas na sala.


* fonte: "O CARTEIRO CHEGOU: uma proposta de seqüência didática para séries iniciais "
Cláudia Valéria Doná Hila17 (UEM- PG/UEL)
Elvira Lopes Nascimento (UE
R e v i s t a P r o l í n g u a – I S S N 1983-9979 P á g i n a 64
Volume 2 Número 1 – Jan./Jun de 2009
LEITURA DE UM CONTO DE FADA PELO PROFESSOR
PARA QUE A CLASSE AMPLIE O REPERTÓRIO E COMPARTILHE
IDÉIAS SOBRE O TEXTO COM SEUS PARES


Condições Didáticas Gerais• Realização de situações em que o professor compartilha e explicita os diferentes aspectos do seu comportamento leitor;
• Realização de situações de escuta atenta de textos lidos em voz alta;
• Realização de situações em que os alunos se sintam autorizados a construir suas próprias interpretações de forma autônoma sem interferência ou condução da interpretação do professor;
• Realização de leitura do texto integral, sem resumi-lo ou simplificar o vocabulário;
• Realização de momentos de discussão, a partir da escuta de textos em voz alta, em que tenham que dar suas próprias opiniões.


Condições Didáticas Específicas• Realização de situações de escuta de contos de fada que favoreçam a troca de opiniões com seus pares num clima de respeito;
• Realização de diferentes situações de contato com o gênero conto de fadas através da audição de CDs, leitura do próprio aluno, recontos, leitura de várias versões.


O que considerar para planejar
• No planejamento dessa situação didática o professor:
• Seleciona o texto que será lido em função do objetivo que se tem e dos conhecimentos prévios dos alunos que serão úteis para sua compreensão;
• Seleciona textos de qualidade literária, que possibilitem o resgate da seqüência, do encadeamento de seus acontecimentos e da apropriação de recursos próprios e características dos contos;
• Prepara a leitura em voz alta de forma a garantir uma boa compreensão dos ouvintes;
• Planeja a situação selecionando, previamente o texto marcando os recursos lingüísticos que enriquecem a história: dando entonações em determinadas passagens, fazendo as vozes dos diferentes personagens, interpretando os sentimentos dos personagens (tristeza, alegria, raiva) além de garantir uma boa fluência da leitura;
* Define as informações que deverão ser apresentadas antes da leitura;
• Antecipa algumas intervenções que favoreçam a participação ativa dos alunos; elabora previamente perguntas, comentários e observações a serem feitas durante e após a leitura, antecipando possíveis dúvidas que o texto possa suscitar;
• Antecipa dúvidas que possam surgir, elencando relações que podem ser estabelecidas, elaborando questões que permitam aos alunos ampliar seu universo de conhecimentos sobre o gênero desafiando-os a pensar, emitir opiniões e estabelecer relações;
• Define como irá mostrar as ilustrações: se isso acontecerá durante a leitura, após a leitura ou por meio de pausas feitas para este fim;
• Arruma o espaço e define o posicionamento do professor e alunos de forma a garantir uma boa audição, visibilidade do professor e uma interação prazerosa e confortável.
Intervenções que podem ocorrer durante a aula:
• Ao apresentar o texto a ser lido, o professor situa os alunos em relação ao mesmo, compartilhando as razões pelas quais a leitura será realizada (para conhecer uma nova história, para comparar com uma outra versão da mesma história) ajudando os alunos a dirigirem sua atenção para o propósito da leitura;
• Se estiver lendo um texto novo, o professor cria expectativas sobre a leitura que está sendo realizada, fazendo algumas perguntas sobre a continuidade da história para que os alunos façam antecipações e interferências: Quem será que vai ajudar a Chapeuzinho? Como o caçador vai salvar a vovó?;
• Realiza pausas no decorrer da leitura e faz perguntas que induzam os alunos a tirarem conclusões a partir das informações já fornecidas pelo texto até aquele momento para fazer interpretações: por que fulano está agindo assim? Ou: O que você faria numa situação como essa?;
• • Se os alunos não compreenderem o texto lido ou perderem alguma parte dele, o professor levanta questões que os façam tirar conclusões a partir do que compreenderam. Pode também reler trechos anteriores ou subseqüentes que favoreçam o entendimento do trecho não compreendido; pode remeter a pergunta ao grupo ou a um outro aluno para que outras crianças possam se manifestar e expressar suas opiniões;
• Se o conto for longo, para garantir a atenção e o envolvimento do grupo, o professor pode interromper a leitura no momento de maior suspense e usar esta interrupção como estratégia para criar nos alunos o desejo de continuar ouvindo a história;
• Se os alunos não entenderem alguma palavra ou expressão, o professor cria oportunidades para que eles procurem inferir o significado a partir do contexto. Para isso, por exemplo, relê o trecho e pede que os alunos tentem descobrir o significado daquela palavra ou expressão;
• Após a leitura, realiza uma roda de conversa com seus alunos sobre as suposições feitas durante a realização da leitura, o que levou cada um a pensar daquela forma etc;
• Após a leitura, também, pede que os alunos retomem a seqüência da história a partir das ilustrações, por exemplo;
• Compartilha com os alunos as qualidades textuais do conto lido – o fato de estar bem escrito, de possuir recursos lingüísticos específicos do gênero, de trazer informações precisas etc. e suas impressões sobre ele;
• Se os alunos, após a leitura não expressarem seus comentários e suas opiniões espontaneamente, alimenta a conversa falando o que achou do texto lido; fazendo perguntas mais dirigidas (qual a personagem mais engraçada, por exemplo, ou o que vocês fariam se fossem o fulano);
• Se o texto possui ilustrações que trazem informações não contidas no corpo do texto, chama a atenção dos alunos para este fato e conversa sobre isso.


Fonte: Referencial de Formação de Professores. São Paulo: CEDAC / Centro de Educação para a Ação Comunitária, 2002.


http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/Documentos/BibliPed/EnsFundMedio/CicloI/GuiaEstudo/Bloco7_LeituraPeloProfessor.pdf
É importante reconhecer que na escola, a escrita serve para comunicar informações, para tomar notas e ajudar a memória, para listar as atividades do dia, para publicar um livro de histórias, uma seção de dicas de leitura etc. Enfim, são muitas as situações em que a escrita aparece com sentido, com finalidade social real, explícita e clara para os alunos.

Nas situações de escrita para a construção do sistema ou para construção da linguagem escrita deve-se garantir:

a. conhecimento da situação de produção do texto: interlocutores, gênero, lugar social ocupado pelos interlocutores, lugar social onde circulará o texto, instituições sociais em que o texto circulará, portadores, a finalidade com que será escrito.



b. atividades de ensino que repertoriem os alunos quanto ao contexto de produção do gênero solicitado.


c. oportunidade para que os alunos vivenciem os procedimentos da escrita (planejar, escrever, revisar, reescrever).


(...)




Sugestões de Atividades


Escrita de listas
• Rotina do dia.
• Materiais que devem trazer todos os dias.
• Fatos vivenciados no dia para o diário pessoal.
• Cartazes para o mural que comporão os referenciais de escrita (dias da semana, meses do ano, aniversariantes do mês, os melhores livros lidos, histórias de terror etc.).
• Personagens de determinado conto.
• Cardápio do dia na escola.
• Cardápio desejado pela turma.
• Jogos conhecidos.
• Jogos dos familiares.
• Título do texto lido no dia.
• Lista dos cinemas, parques e outros pontos de lazer mais próximos.


Outros gêneros• As adivinhações preferidas da turma.
• O poema que mais gostaram, ou um trecho dele.
• Uma curiosidade sobre um animal, cuja reportagem foi lida.
• Uma quadrinha que a turma decorou.
• Regras de jogos.
• Ficha do animal.
• Ficha técnica de um planeta.
• Ficha dos livros da caixa literária / registro dos empréstimos.
• Dica de leitura de um livro.
• Dica de atividades culturais da semana.
• Legenda de uma fotografia/imagem para o mural de curiosidades.
• Notas sobre o estudo de determinado tema.
• Notas sobre uma estratégia de resolução de um problema para socializar como os colegas.
• A 4ª capa de um livro lido pela professora.
• Pequena biografia de um autor conhecido.
• Títulos e subtítulos para textos lidos.

Como vocês já sabem, em muitas das situações sugeridas há a necessidade de construir uma pequena sequência de atividades que explicite as características dos gêneros solicitados para produção.




:: Sugestões da Equipe CENP/ SEESP
(clique em cima para ampliar)


ATIVIDADE PERMANENTE - LEITURA DE CONTOS TRADICIONAIS



Ler histórias para crianças é uma prática importante para despertar nelas a curiosidade e a imaginação, como também para estimulá-las a refletir sobre temas delicados e complexos da experiência humana. Esta prática, se regular, faz com que as crianças construam um repertório de histórias, aprendam como funciona a linguagem que se usa para escrever, mas, principalmente, encontrem espaço para expressar seus medos e inquietações.



A seguir, avalie algumas sugestões para organizar com sua turma uma Atividade Permanente de Leitura. A proposta é que sejam ações que se repitam de modo regular (por exemplo, diariamente ou semanalmente), com a finalidade de permitir a convivência freqüente e intensa com diferentes gêneros de textos, proporcionando aos estudantes oportunidades de experimentar variados modos de leitura, desenvolvendo, assim, estratégias diversificadas de leitura.




1. Leitura e troca de impressões: Selecione quatro histórias: uma para ser lida na segunda-feira; outra, na terça-feira; outra, na quarta-feira uma última para a quinta-feira. Proceda à leitura em voz alta da história e, após concluí-la, promova uma conversa para que os estudantes troquem impressões a respeito do conto ou relatem experiências pessoais relacionadas ao tema das histórias lidas, como a raiva, a inveja, o medo, a compaixão etc.


2. Entendendo um Sumário: Desafie-os a localizar em que página está a história que você vai ler naquele dia (providencie cópias do sumário do livro para realizar a atividade).


3. Ficha de Apreciação: A cada dia, após a leitura, peça aos estudantes para registrar o título da história na ficha de apreciação (conforme o modelo abaixo), assinalando a coluna correspondente à avaliação que fizeram da história: gostaram dela, não gostaram?




(clique em cima para ampliar a tabela)



Os dez títulos relacionados na tabela acima, como exemplo, fazem parte do livro Histórias à Brasileira. Pedro Malasartes e outras, recontados por Ana Maria Machado, Companhia das Letrinhas (PNBE 2005 /Acervo 06).
Na sexta-feira, proceda à escolha da história preferida da turma para ser lida outra vez. Chame esse dia de “Vale a pena ler de novo”. Ler várias vezes uma mesma história é importante para que os leitores iniciantes aprendam a diferença entre ler e contar uma história: ao ler, as palavras não mudam, são sempre as mesmas; ao contar, acabamos usando outras palavras e a história nunca sai exatamente igual.

:: fonte: Revista Leitura's (MEC)
Um livro maravilhoso para ser explorado com seus alunos na sala de aula... E algumas sugestões de atividades (apesar que o livro por si só já traz inúmeras possibilidades de trabalho!).



PROJETO DE LEITURA
"OS PROBLEMAS DA FAMÍLIA GORGONZOLA
DESAFIOS MATEMÁTICOS "
EVA FURNARI


PARTE 1
PRÉ-LEITURA


Atividades anteriores à leitura
OBJETIVO: Ativação do conhecimento prévio
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
1. Todo mundo tem problemas. A família Gorgonzola, seus parentes e seus amigos também.
Antes de conhecermos esses problemas, criados pela autora Eva Furnari, vamos levantar hipóteses a respeito dos personagens e tentar descobrir o nome próprio de cada um deles, sem olhar no livro.
Personagens:
Família Gorgonzola: pai, mãe e três filhos
Família Cascagrossa: pai e mãe (os três filhos não têm nomes próprios)
amigos do tio (2)- amigo do amigo do tio (1) -primo do amigo do amigo do tio (1)
sobrinho do primo do amigo do amigo (1)
tio (1) -avô (1)- cachorros (2)- um casal de jacaré (2)
JONHO – JUVENAL – TOBIAS –BÁRBARA – ESPINAFRE – OTTO PÍFIO – GARRANCHO – PORFÍRIO – RAMELA – PICLES - GRUDI - LEO – ZÉ PEREBA – FRANZINO – CASCUDO – GILDO – GILDA
A partir dos nomes próprios o aluno tenta identificar quem é quem. Depois de levantadas várias hipóteses, na leitura, conferem-se as hipóteses levantadas.
2. Colocar os nomes em ordem alfabética
3. Acrescentar aos nomes adjetivos
4. Elaborar outra lista com outros nomes próprios engraçados.



PARTE 2
LEITURA-DESCOBERTA


Atividades durante a leitura
OBJETIVOS:
* Construir o conceito de cada uma das quatro operações matemáticas .
* Trabalhar a resolução de problemas
SUGESTÕES DE ATIVIDADES1. Leitura do problema
Resolução individual
Apresentação oral ou por escrito do raciocínio feito
Discussão das estratégias usadas para chegar aos resultados
Investigação do tipo de operação trabalhada
Construção de conceitos matemáticos: as quatro operações, geometria, medidas de massa, tempo e comprimento, sistema monetário, frações .
Observação e registro dos conceitos matemáticos presentes no dia - a- dia da criança.
:: FONTE: SITE ED. GLOBAL

ATIVIDADE DE ESCRITA: RECEITA A PARTIR DE HQ

(CLIQUE EM CIMA DA IMAGEM PARA AMPLIAR)


ATIVIDADES A PARTIR DE HQ


(clique em cima das imagens para ampliar)

:: fonte: Atividades recebidas por e-mail do grupo "Sugestão de Atividade Escolar" (enviadas por Sonia R. Ubeda)

:: fonte: recebi por e-mail do grupo "Sugestão de Atividade Escolar"







ATIVIDADE - PRODUÇÃO DE TEXTOS

Produzindo textos antes de saber escrever


Disciplina: Língua Portuguesa/Literatura
Ciclo: Ensino Fundamental - 1ª a 4ª
Assunto: Organização do trabalho de alfabetização
Tipo: Metodologias

Uma das maneiras de os alunos não alfabetizados terem contato com a linguagem escrita é por meio da escuta da leitura de textos produzidos em linguagem escrita.Para isso, é preciso planejar as aulas de modo que haja leitores que possam ler para os alunos que ainda não saibam ler: professor, alunos já alfabetizados da mesma classe ou de classes mais avançadas, outros professores, pais de alunos, por exemplo.Os alunos, então, podem:
- Ouvir a leitura de contos e recontá-los, procurando aproximar-se da linguagem utilizada pelo autor do texto.
- Solicitar que um companheiro registre o texto para posterior publicação.
- Gravar o texto — em áudio e/ou vídeo —, lendo-o para que outros possam conhecê-lo.
- Ouvir a leitura de notícias e depois ditá-las para que um parceiro que saiba escrever um pouco melhor registre-as, para depois montarem um jornal da classe, mural, impresso ou falado.
- Ouvir a leitura de verbetes enciclopédicos para compor fichas descritivas de animais, plantas, povos indígenas — ou outros assuntos — que comporão pequenos cadernos, “dicionários”, arquivos, pastas sobre temas específicos em estudo.
- Ouvir a leitura de regras de determinados jogos e, depois, produzir regras a serem escritas em folhetos explicativos, para jogos criados pela classe (ver em Turbine sua aula, a dica 
).
- Estudar sobre determinado assunto, a partir da leitura de textos impressos sobre o tema, e depois apresentar sínteses escritas — registradas por um colega que já saiba escrever (parceiro mais proficiente) — a respeito do que foi estudado, compondo cadernos, arquivos, pastas e murais.
- Fazer parte da roda de leitores, na qual participantes diferentes — professor, alunos de outras classes, pais de alunos, encarregado da sala de leitura, por exemplo — leiam seus textos prediletos para os alunos da classe.
- Participar de saraus literários de poemas e contos, ouvindo a leitura dos mesmos.
scraps fofos


:: Expectativas de Aprendizagem:
Espera-se que os alunos:
a) Elaborem resenhas do livro indicado considerando o contexto de produção definido pelo professor e as especificidades do gênero.
b) Utilizem conhecimentos lingüísticos para produzir seus textos, de modo a garantir-lhes eficácia.
c) Planejem, redijam, revisem e reescrevam o texto considerando sua adequação ao contexto de produção definido.
No que se refere aos alunos de 1ª a 4ª série, espera-se que produzam resenhas que contenham elementos que:
- identifiquem e caracterizem a obra;
- apresentem uma síntese do conteúdo da obra;
- apresentem sua opinião sobre a obra.
:: Organização da atividade
A atividade deverá ser organizada em três momentos:
a) Aprendendo o que é uma resenha.
b) Elaborando uma resenha a partir de uma obra lida pela classe.
c) Elaborando a resenha da obra lida nas atividades de leitura da escolha pessoal. Na primeira parte, o aluno deverá ser apresentado ao gênero. O professor deverá organizar uma seqüência didática que trabalhe, por comparação e análise, as características de uma resenha:
- seu contexto histórico de produção;
- suas características de composição estrutural;
- os recursos estilísticos do gênero.
Nesse momento, é importante que sejam focalizadas ainda as características que assumem resenhas publicadas em diferentes portadores e que circulam em diferentes meios, analisando-se as interferências das condições de produção nos textos ; a progressão temática de resenhas diferentes, analisando-se o movimento utilizado pelo autor para organizar seu texto. Uma possibilidade é utilizar resenhas de livros, peças teatrais, filmes, publicadas nas próprias obras, em jornais, revistas para leitura e análise. Incluir nesse trabalho resenhas de capítulos de novelas ou programas de TV ou de rádio e compará-las estabelecendo semelhanças e diferenças em relação às anteriores.
Na segunda parte, deve-se elaborar individualmente uma resenha sobre uma obra lida por todos. É importante que seja uma obra que todos tenham realmente lido, pois isso permite que, na discussão coletiva, haja esclarecimentos a respeito dos aspectos que devem ser objeto de discussão, dos procedimentos a serem utilizados na elaboração, dos recursos estilísticos possíveis etc. Nessas classes iniciais, é importante que o professor reserve horários semanais para leitura em classe inclusive com leitura em voz alta feita pelo educador ou por alunos mais desenvoltos. As conversas sobre os textos podem também ter como objetivo a resenha. Por exemplo, se o professor estiver trabalhando com o gênero novela e lendo com eles um livro como ?A árvore que dava dinheiro?, de Domingos Pellegrini, parte do acervo do Biblioteca em minha casa MEC/PNBE/2001, pode a cada reinício de leitura conversar sobre o que já foi lido.
Na terceira parte, deve-se especificar o contexto de produção da resenha que cada um elaborará sobre a obra de sua escolha pessoal:
- quem será o interlocutor (e quais suas características);
- qual a finalidade do texto (informar leitores da biblioteca da escola sobre o conteúdo das obras, compondo um acervo de resenhas; informar leitores de um jornal da escola sobre lançamentos de livros, por exemplo);
- de que lugar escreverão (como alunos da série tal, por exemplo);
- em que portador será publicada a resenha (fichas, folhetos, jornal da escola etc.);
- em que lugar circulará (na escola como um todo, na sala de leitura, na comunidade escolar ampliada, por exemplo)
.Depois disso, solicitar que os alunos planejem o seu texto, definindo o que escreverão em cada uma das partes da resenha, que recursos utilizarão, que aspectos focalizarão etc., em função das características do contexto de produção.
Finalmente, o texto deverá ser produzido, revisado e reescrito, considerando as especificações do contexto de produção e a correção dos recursos lingüísticos utilizados.
Embora a produção seja individual, é possível organizar os alunos em duplas de trabalho que cooperarão entre si no processo.
:: Avaliação
Neste momento, o professor deverá verificar se durante a realização das atividades e após sua conclusão as expectativas de aprendizagem foram atendidas, mediante auto-avaliação, avaliação coletiva e avaliação do professor.
Sugestão de ficha de auto-avaliação
Podem ser elaboradas duas versões da ficha abaixo: uma para ser utilizada pelo aluno na sua auto-avaliação, outra para ser utilizada pelo professor na avaliação final do trabalho. Os aspectos apontados devem ser adaptados de maneira a poder atender às demandas de cada um dos momentos. Além disso, cada professor deve adequar às especificidades de sua turma os aspectos textuais, gramaticais e notacionais apontados.
obs: Ver ficha de auto-avaliação no site abaixo.

Leitura compartilhada de História em quadrinhos



Objetivos
::Divertir-se com a leitura de uma história em quadrinhos.
::Acompanhar a leitura de uma história em quadrinhos realizada por você. Procurar
coordenar aquilo que é lido em voz alta com o texto escrito.
::Aproximar-se das características das histórias em quadrinhos.
::Utilizar na leitura as estratégias de seleção, antecipação e verificação, considerando
aquilo que já sabem sobre o sistema de escrita, para localizar-se na
leitura das histórias em quadrinhos.
::Utilizar as imagens e aquilo que você lê para construir o sentido do texto.




Planejamento
::Quando realizar? Como é uma atividade permanente, escolha um momento
fixo da rotina, uma vez por semana.
::Como organizar os alunos? Como é uma atividade coletiva, os alunos devem
ficar sentados em suas carteiras.
::Que materiais são necessários? Cópias da história em quadrinhos.
::Duração: cerca de 20 minutos.






Encaminhamento::Antes da aula, selecione uma história em quadrinhos para ler com sua turma e providencie as cópias.
::Distribua as cópias e explique: enquanto você lê, cada um precisa acompanhar em sua cópia. Insista em que devem também prestar atenção nos desenhos, nas expressões das personagens e nas cenas.
::Pergunte aos alunos se conhecem a personagem da tirinha e o que sabem sobre ela. Essa conversa inicial é importante para os alunos compartilharem informações que ajudam a compreender a história – por exemplo, se a criança souber que a Magali é comilona, fica fácil entender por que sempre há comida em suas historinhas.
::Proponha que tentem contar o que acontece na história apenas observando os desenhos. Trata-se de uma forma interessante de favorecer o uso da imagem para antecipar o significado de um texto.
::Pergunte se sabem o que está escrito em letras maiores, no primeiro quadrinho (o nome da personagem). Quando alguma criança responder corretamente, diga-lhe para contar aos colegas como ficou sabendo. Peça-lhes também que utilizem seus conhecimentos das letras para descobrir com que letra começa e acaba o nome da personagem.
::Inicie a leitura, indicando sempre qual é o quadrinho e qual o balão que está lendo. Sugira também que os alunos identifiquem qual das personagens está falando e pergunte como sabem. É um jeito de ajudá-los a se localizar na leitura (saber qual quadrinho vem antes, qual vem depois etc.) e perceber algumas características dos balões (que têm uma espécie de seta que aponta para a personagem que fala; que o formato do balão, o formato e o tamanho das letras podem indicar emoções e a intensidade com que se fala). O mais provável é que alguns alunos já saibam as respostas a suas perguntas; nesse caso, é importante que eles se manifestem e compartilhem seus conhecimentos com os colegas.
::De vez em quando você pode investir um pouco mais de tempo para explorar a expressão de uma personagem, com perguntas como: Olhem para a cara do Cebolinha. O que parece estar sentindo? Por que está assim? Vocês acham que a Mônica gostou do que o Cascão disse? Como vocês sabem que ela não gostou? Tenha sempre presente que esse tipo de texto só será compreendido se houver uma interação permanente entre imagem e escrita para construir o sentido. Sua leitura em voz alta é necessária para que os alunos tenham acesso à parte escrita, e é igualmente importante chamar a atenção deles para os componentes visuais da narrativa.
::Após a leitura de cada quadrinho, sugira que os alunos antecipem o que virá a seguir. Em geral, os elementos inesperados são os principais responsáveis pela graça dessas historinhas. Assim, as antecipações aumentam a surpresa, quando as crianças constatam que a personagem não fez o que elas esperavam.
::Interrompa de vez em quando a leitura para pedir aos alunos que ainda não lêem convencionalmente que tentem localizar determinada palavra num balão – nessa atividade deverão pôr em jogo seus conhecimentos sobre as letras e seus sons. Mas embora seja recomendável realizar atividades assim, tenha sempre em vista que a finalidade da leitura é a diversão com a historinha. Com muitos momentos de localização de palavras você corre o risco de esvaziar a atividade de seu objetivo principal.
::Terminada a leitura, converse com as crianças sobre o que entenderam da história, se acharam engraçada, o que aprenderam sobre as personagens e assim por diante.
::Você também pode pedir que os alunos contem a história, como se fosse um reconto.





O que fazer se...


... os alunos demonstrarem poucos conhecimentos das histórias em quadrinhos?

Nesse caso, você terá de oferecer informações quanto à orientação da história em quadrinhos e explicar características das personagens, o que pode ser feito antes da leitura e ao longo dela.



... em vez de acompanharem em suas cópias, os alunos ficarem olhando para você?
Nesse gênero de texto, a observação das imagens é fundamental para garantir a compreensão. Chame a atenção dos alunos a cada momento para a expressão facial de uma personagem, para um detalhe do cenário e outros elementos que possam atraí-los para que acompanhem a leitura e, ao mesmo tempo, observem as imagens.



... os alunos pedirem para ler em voz alta em seu lugar?
Os alunos costumam se sentir à vontade para se arriscar nesse tipo de leitura. Porém, é comum que ainda não sejam leitores fluentes e que sua leitura não considere a expressividade do texto. Isso pode contribuir para tornar a atividade mais longa e maçante. Deixe que leiam um ou dois balões, ou combine com alguns para treinarem a leitura de alguma história previamente, mas não muito longa!



Variações
::Você pode complementar e enriquecer essa atividade explorando mais o trabalho com histórias em quadrinhos:
::Apresentar outras personagens, além das da Turma da Mônica: Garfield, a Turma do Charlie Brown, Menino Maluquinho e Horácio também são adequados ao público infantil.
::Depois de conhecer bem as personagens de Maurício de Souza, ler uma biografia do criador da Turma da Mônica.
::Fazer uma visita ao site da Turma da Mônica, para que as crianças tenham oportunidade de acessar inúmeras histórias em quadrinhos: .
::Em vez de ler apenas tirinhas, escolha histórias de uma página inteira, ou mais longas, que seus alunos possam acompanhar


::FONTE: GUIA DE ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS - 1ªSÉRIE (VOL 2) - SEESP
A idéia dos diários não é nova, porém poucos professores realmente conseguem introduzir essa prática em seu cotidiano, escolar ou pessoal. Os diários não trazem apenas o registro do que se leu, mas daquilo que se deseja ler, daquilo que ouviu dos companheiros e amigos, daquilo que viu no cinema e que sabe-se é literatura, de trechos que não quer esquecer, de como, quando e onde teve acesso ao livro lido, de atividades que fez, de textos recebidos por amigos, enfim... É um registro precioso do contato com as formas de ler e, evidentemente, as narrativas lidas. O professor pode propor, para um começo e uma tentativa de contágio, um Diário Coletivo: cada aluno escreve um dia, em casa, sobre as atividades de leitura, sobre os livros lidos. Quem sabe um caderno caprichado, bonito de se ver, pode tornar-se um caprichado, bonito de se ler e um documento precioso para aquela turma.
* fonte: "Proposta de trabalho com acervo literário no Programa Ler e Escrever" - Celinha Nascimento
(clique em cima para ampliar)
Para tornar-se um leitor que aprecia e desfruta dos textos literários, um dos fatores decisivos é fazer parte de uma comunidade de leitores.(...) Disponibilizar material de leitura é fundamental e certamente irá contribuir. Entretanto, para garantir a formação de leitores, é preciso que os alunos participem das diferentes práticas de leitura que existem socialmente. Quais são as práticas de leitura dos leitores de textos literários fora da escola?

VEJAMOS... EM PRIMEIRO LUGAR: PARA QUE LER?
Para se entreter, para se divertir, para imaginar lugares nunca visitados, para viver a vida na pele de outra pessoa, para se emocionar, para aprender, para se desligar do cotidiano, para saber como viviam as pessoas em outros lugares... Amos Oz, renomado autor israelense, nos explica as vantagens de ler um romance:

"Se adquirir uma passagem e viajar a outro país, é possível que você veja as montanhas, os palácios e as praças, os museus, as paisagens e os locais históricos. Se a fortuna lhe sorrir, talvez tenha a oportunidade de conversar com alguns habitantes do lugar. E voltará para casa carregado com um monte de fotografias e postais.
Mas, se lê um romance, adquire uma entrada para os recantos mais secretos de outro país e de outro povo. A leitura de um romance é um convite a visitar as casas de outras pessoas e conhecer seus cantos mais íntimos.
Senão for mais do que um turista, talvez tenha a oportunidade de se deter em uma rua, observar uma velha casa do bairro antigo da cidade e ver uma mulher debruçada à janela. E, então, dará a volta e seguirá o seu caminho.
Mas, como leitor, observa não só a mulher que olha pela janela. Está com ela dentro da sua casa, e até dentro da sua cabeça.
Quando lê um romance de outro país, você é convidado a passar à sala de outras pessoas, ao quarto das crianças, à cozinha, e mesmo ao dormitório. É convidado a entrar em suas dores secretas, em suas alegrias familiares, em seus sonhos."
(extraído de "A mulher na janela", publicado em O Estado de São Paulo em 30/10/2007)

E COMO LEEM OS LEITORES DE LITERATURA?

Devoram livros inteiros, apreciam aos pouquinhos,não descolam os olhos das linhas enquanto balançam no ônibus, leem em voz alta para emocionar os amigos, escolhem um trecho para copiar, vão às lágrimas, riem sozinhos...
E os leitores gostam, principalmente, de conversar com outros leitores: "Você já leu este livro? Conhece o autor? Já leu aquele outro livro dele? O que achou do fim? Eu gostei principalmente porque...". E assim por diante.
Queremos criar na escola não só o hábito de ler, mas de compartilhar a leitura e suas impressões sobre os textos lidos. Este cartaz é um instrumento para estimular qeu os nossos pequenos leitores registrem suas leituras, suas opiniões sobre o que foi lido, socializando-as com o grupo.
ALGUMAS DICAS E ORIENTAÇÕES DE USO
Como vocês já sabem, as situações de leitura podem ser variadas: leitura diária do professor, leitura compartilhada (dos livros repetidos), leitura individual dos alunos em sala de aula, leitura em casa. Todas essas situações podem ser associadas ao preenchimento do cartaz. (...)
O cartaz pode ser utilizado de diferentes formas. Por exemplo:
1. Você lê uma história em voz alta e, depois, pede que cada dupla de alunos converse alguns minutos entre si para fazer a avaliação da leitura que será registrada no cartaz. Depois que cada dupla dá sua opinião, você faz a média para colocar na coluna "total" qual foi a avaliação da maioria. Claro que mais importante do que a nota em si é pedir que os alunos justifiquem sua opinião.
2. Durante uma semana anote quais são os livros mais lidos e, num dia marcado para a "roda de biblioteca", registre as opiniões de todos os que leram estes livros.
3. Quando o cartaz estiver preenchido, converse com eles sobre:
a) Quais os autores mais lidos?
b) Quais as histórias mais bem avaliadas ou por que todos gostaram mais desta ou daquela história?
c) Quais os gêneros favoritos? Poesia? Humor? Contos de assombração? Contos de fadas? Fábulas?
d) Quais os personagens mais interessantes? Heróis? Vilões? Seres mágicos? Animais?
4. Vocês podem trocar o cartaz com o de outra turma não só para comparar opiniões no caso de haver livros lidos pelas duas turmas, como também para saber quais são os livros mais indicados.
5. A partir do preenchimento do cartaz também é possível propor a escrita de resenhas para os livros favoritos. As resenhas podem ser colocadas no mural da escola, da própria classe ou serem enviadas para outra turma da mesma série. Mas não se esqueça, para que escrevam resenhas precisam ler várias delas e discutir como são escritas.
6. Ao final do ano, os cartazes de todas as turmas podem ser reunidos e a escola pode fazer um "ranking" com os dez livros preferidos de todas as séries. Junto a essas listas podem ser expostos os comentários dos alunos.
Vocês podem usar a imaginação e criar muitas situações de uso para este cartaz, o importante é que ele seja um convite à leitura.
*FONTE: Sec. de Educ. do Est. de SP - Programa Ler e Escrever


A Turma da Mônica Jovem é uma publicação nova, voltada para um público um pouco mais velho que os leitores da Turma da Mônica tradicional. É um estilo de história em quadrinhos que traz desafios na medida para nossos leitores deste segmento da escolaridade (3ª e 4ª séries):








* A revista é composta de uma história em vários capítulos e cada número tem relação com o anterior e com o posterior,familiarizando os alunos com narrativas mais extensas. As histórias são mais longas, têm uma trama mais sofisticada e complexa;


* A sequência dos quadrinhos é em estilo mangá (histórias em quadrinhos feitas no estilo japonês), que não é linear, e obriga o leitor a uma interpretação mais atenta da trama para conseguir acompanhá-la;


* Os personagens são um pouco mais velhos e trazem novos temas em suas histórias, que interessam aos alunos de 9 a 11 anos.








Além disso, os gibis da Turma da Mônica, de Maurício de Souza, são os mais indicados pedagogicamente por uma série de fatores:





1. São nacionais e, assim, apresentam personagens e situações que podem ser facilmente identificadas pelos alunos, pois são inspirados no cotidiano das crianças;


2. Apresentam diversidade de personagens, com características bem definidas, o que incentiva a tolerância às diferenças, o respeito às características individuais, a valorização da diversidade.


3. As histórias são divertidas, têm qualidade do ponto de vista da trama e do enredo, o que ajuda a despertar o gosto por textos de boa qualidade;


4. A Turma já passou pelo crivo de tempo e dos modismos, está consolidada como história em quadrinhos de qualidade. Faz parte da infância de várias gerações e deverá fazer parte da infância das próximas gerações.


5. A Turma da Mônica Jovem teve uma excelente aceitação no mercado, principalmente entre as crianças de 9 a 11 anos, faixa a que se destina esta aquisição.








Algumas dicas e sugestões para os professores de 3ª e 4ª séries (regulares e PIC):





* Conversar com eles sobre o crescimento dos personagens de Maurício de Souza:


- Como imaginavam que eles ficariam ao crescer?


- Acreditavam que eles manteriam suas características principais (Magali comilona, Cascão com medo de água, etc.)?


- Que tipo de história será vivida por eles?


* Apresentar o estilo mangá e discutir as diferenças com os gibis tradicionais;


* Após a leitura de um número da revista, pedir que antecipem sua continuação;
* Pesquisar sobre os estilos de histórias em quadrinhos;
* Alguns assuntos como namoro, relação entre pais e filhos, amizades, etc. podem despertar a curiosidade dos alunos. Não perca a oportunidade de deixar que falem o que pensam e colocarem suas dúvidas - acolha e esclareça o que for possível.
Os momentos de leitura tanto poderão ser organizados de modo a valorizar a leitura autônoma dos alunos como se constituir numa atividade permanente, que acontece, por exemplo, em dias fixos da rotina, uma ou duas vezes por semana.
Os alunos a quem se destina esta aquisição são, na sua grande maioria, leitores pouco experientes que necessitam ainda de muitas situações de leitura para que ganhem volume de leitura e autonomia crescente para enfrentar textos mais complexos. Essas revistas são um excelente instrumento também nesta fase da escolaridade.
* Fonte: Sec. da Educação do Estado de SP - Programa Ler e Escrever

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